quarta-feira, 30 de novembro de 2011

Student Rush Hour - Cambridge, UK - 8h58am

segunda-feira, 28 de novembro de 2011

Receitas para o sucesso

Foto 1, 2, 3: São Mamede, Batalha, uma (única) aldeia recuperada nesta área adjacente ao Parque Natural da Serra de Aires e Candeeiros, atrai logo milhares de visitantes.
Não há "mamarrachos", antes casas de pedra e um bosque de carvalhos em redor. Os carros ficam lá fora. Escapou à harmonia os candeeiros tipo "alfinete"...
Está aqui uma possível receita para o sucesso.

Foto 4, 5, 6: Minde, Parque Natural da Serra de Aires e Candeeiros
Uma vila na era "pós-industrial". Cresceu, veio gente de todo o lado para fazer camisolas nas suas fábricas. As pessoas viveram melhor que dantes, os níveis de vida médios eram francamente melhores.
A Vila cresceu, muitas casas de grande dimensão, com seus relvados e alameda de palmeiras, nasceram em redor do centro.
Um dia, até uma avenida com muitos semáforos tiveram, como os outros.
Que dizer?
Fomos assim não soubemos aproveitar o momento, quando tivemos repartimos mal, esbanjámos, não cuidámos, não evoluimos.

E as fábricas lá foram morrendo, uma após outra, quem sabe voaram para a China.
Hoje já quase não se fazem camisolas em Minde, a vila está semi-deserta, grandes edifícios fabris silenciosos repousam no fundo do "Polge"!

É o momento para a cultura vir salvar o futuro.
O Museu e Centro de Artes e Ofícios Roque Gameiro (CAORG) carrega às costas muito do que de bom tem aparecido de novo em Minde. Uma casa restaurada virou museu da aguarela, pequeno ainda para merecer grandes viagens de visita, mas rico em qualidade. O CAORG recupera agora as mantas de  Minde tradicionais, dando formação e até vendendo pelo "Facebook"!
Já aparecem Turismos de Habitação.
O Programa central por aqui bem pode ser agora os saltos de parapente, a espeleologia, as caminhadas a pé pelos fantásticos muros e pias em pedra.

Depois de praguejar contra o Parque Natural, Minde bem pode preparar-se para lhe estender uma carpete vermelha. Já agora, uma manta de Minde.

quinta-feira, 24 de novembro de 2011

A Alegoria dos Jardineiros e dos Lenhadores



FOTO AQUI



Esta poderia ser a Alegoria da Caverna, mas não é.

Podia ser numa qualquer caverna! Mas não é.
Mas pode ser numa qualquer Cidade aí ao virar da esquina.



Esta é uma história de jardineiros, lenhadores e árvores.
De um lado, jardineiros. Do outro, lenhadores.
A tarefa: plantar árvores, ter mais árvores, numa terra despovoada e desertificada.

Nessa cidade, os jardineiros esperaram anos e anos para ver os lenhadores plantar árvores.
Mas os lenhadores não as plantavam e a Paisagem cada vez ficava mais deserta. Apenas as cortavam os lenhadores!
Nos seus discursos longos e empolgantes, nos seus estudos repletos de alto conhecimento, nas Universidades onde também lecionavam, os lenhadores nunca perdiam muito tempo a falar de florestas nem de árvores, apenas discutiam quais os melhores métodos para as cortarem.

E até publicavam muitas teses com isso!

Mas na Paisagem, cada vez menos árvores existiam...


Os jardineiros, ao fim de muito tempo, resolvem um dia assumir essa tarefa, até porque os jardineiros, de outra perspectiva, estudaram muito e já sabiam umas coisas sobre o assunto. Para além dos seus jardins e das suas flores, decidem então, com determinação e muita imaginação, começar a plantar árvores e a plantar florestas. Árvore após árvore, muitas vezes enfrentando difíceis contextos, as populações já viam e reconheciam o esforço do seu trabalho.

Finalmente, a Paisagem tinha mais árvores e não havia dúvida que o ar estava mais fresco, mais limpo.

Claro que para haver mais árvores, havia menos espaço para a terra aberta e os que estavam habituados a isso protestavam! "Gosto de árvores", diziam, "mas aqui?" Outros diziam "Árvores? Sim, claro, mas não da maneira como está a ser feito!"

Os lenhadores, um dia perceberam que havia outros que resolveram fazer o trabalho que a eles cabia.
Ficaram furiosos!
Ao princípio barafustaram muito e puseram-se ao lado dos que criticavam as "árvores aqui" ou dos que se lamentavam sobre a forma como as árvores estavam a ser plantadas.
Que desespero, que agressividade, os lenhadores saíram depois para o terreno apressados, esses grandes especialistas em árvores, e logo agora os jardineiros as plantavam e, que desgraça, a floresta ganhava vida e já havia uma vida imensa associada à nova floresta, arbustos cresciam vigorosos por debaixo e animais nunca vistos circulavam alegremente por entre os troncos. Bem ou mal, a floresta lá estava, já se via, já se viam os resultados. E toda a gente só falava dos jardineiros, não podia ser.

Então, os lenhadores um dia resolveram anunciar que, naturalmente, iam assumir responsabilidades na criação de florestas. Sim, florestas é com os lenhadores!
Mas os dias passaram e continuavam a ser os jardineiros a plantar árvores e toda a gente ia perguntar aos jardineiros pelas árvores e pelo resultado das plantações e dos novos animais da floresta. E aos lenhadores ninguém perguntava nada! E os lenhadores que logo sabiam tanto de árvores! Nunca mais os lenhadores plantavam árvores e tanto tempo perdiam a criticar o trabalho dos jardineiros, a comentar, a explicar como fariam se fossem eles os lenhadores a plantar árvores.

Um dia, naquela caverna, naquela terra, saiu uma lei que dizia, mais ou menos isto, embora de forma genérica e sem especificar ao certo onde, nem como: cabia aos lenhadores plantar as árvores!


E então, logo os lenhadores anunciaram, com pompa e circunstância, que iam mesmo plantar as árvores por que sempre se esperou, mas que afinal todo o trabalho de plantação de árvores pelos jardineiros era meritório e logo descansaram toda a gente sobre o futuro desse trabalho: "está garantido", diziam, "vamos terminá-lo", "já estamos a pensar nisso", no fundo esse trabalho vistas bem as coisas sempre foi deles, dos lenhadores, nós sempre o soubemos, toda a gente o sabe, aliás eles é que sabem muito de árvores, até já tinhamos contado essa parte aqui na história, os lenhadores é que sabem de árvores, mesmo que até nunca as tenham plantado, eles é que sabem e toda a gente tem que perceber que são os lenhadores que percebem mesmo de árvores!
Ainda há dúvidas?

Não, já não há.

Claro está, que os jardineiros, que já tinham esperado tanto pelas árvores e pelas florestas, mesmo quando já se esperava que os lenhadores tratassem delas, que decidiram desde logo continuar com o seu trabalho, deixando claro que os lenhadores pudessem aplicar as medidas que tanto diziam saber fazer, até porque os lenhadores tinham algumas ferramentas imponentes que lhes permitiam fazer o trabalho em boas condições, e até tinham vontade, e diziam que queriam mesmo...

Os jardineiros dedicaram-se então à árdua tarefa de consolidar alguns dos trabalhos já executados nas suas florestas e, dentro dos seus jardins plantar também as árvores necessárias, até porque, claro está, todas juntas podem até fazer uma floresta e ligar às outras florestas, as que existem e as que os lenhadores seguramente vão plantar, porque eles dizem que sabem melhor que ninguém como se plantam...


E foi com descontracção, mas com a mesma determinação de sempre, que os jardineiros voltaram a sair à rua plantar mais árvores.
E, pelo menos à hora que saíram, e o sol já ia bem alto, os lenhadores, pelo menos aparentemente, ainda dormiam...


domingo, 20 de novembro de 2011

A escassez de recursos talvez seja mesmo a nossa nova guerra

Quando vi estes cartazes na exposição "ARTE DA GUERRA" no CCB (Colecção Berardo) sobre os cartazes de propaganda da II Guerra Mundial, não esperava encontrar este "tema da ecologia" tratado.

Há uma secção relacionada com o racionamento em tempo de guerra que apela à poupança.

Não há dúvida que a escassez de recursos obriga a mudanças comportamentais, seja porque devemos poupar gasolina para alimentar "a frente de guerra", seja porque a frente de guerra está hoje alastrada ao mundo. A escassez de recursos leva a gerar poupança.

O choque de encontrar campanhas "ecológicas" há 70 anos atrás, tão actuais, tão fortes e tão dramáticas, não passa despercebida a ninguém que visite esta excelente exposição.

PS: Duvido que o cartaz do Hitler não merecesse ser re-publicado outra vez numa campanha publicitária. Tal e qual. O "choque" que causaria seria o sucesso de hoje desta campanha.


quarta-feira, 16 de novembro de 2011

As máfias e os lobbies não são, definitivamente, verdes!

Um artigo do "Jornal i" chamado "Ambiente. Negócios de milhões nas mãos da máfia verde", um artigo de propaganda de quem defende que as potencialidades ambientais geradas pela existência no território de áreas "non-aedificandii" devem ser aplicadas de "burocracias", ou como dito tantas vezes, "constragimerntos".

Repugnante o título, revoltante o encadeamento de pensamentos que apenas demonstram que as máfias não são definitivamente verdes.
 
Como resposta, nada melhor do que transcrever o excelente post de Henrique Pereira dos Santos no blog AMBIO. A lêr!
 

Carta Aberta para Isabel Tavares

"Minha Senhora,
Comprei hoje o Jornal I estritamente por causa da sua manchete principal: "Ambiente. Negócios de milhões nas mãos da máfia verde".
Nas suas páginas 2 e 3, em grande destaque está uma coisa escrita por si que li, cada vez com mais estupefacção.
O que gostaria de lhe perguntar com esta carta é se dorme bem de noite. Se quando se olha ao espelho não cora de vergonha. Se consegue olhar as pessoas comuns olhos nos olhos depois de escrever, o que é o menos, e publicar, o que é extraordinário,
coisas como isto que o I tem hoje nas suas páginas 2 e 3.
Eu sei, a vida está difícil para todos e talvez eu deva ter alguma moderação no juízo moral sobre o que li e, sobretudo, sobre a pessoa que o escreveu.
Peço desculpa, pois, desta primeira parte desta carta e sigo directamente para o que escreveu, lembrando-me de como as voltas da vida podem levar qualquer um a fazer coisas que em circunstâncias normais nunca achariam eticamente aceitáveis.
É verdade, todos temos fraquezas inexplicáveis e deveria ter-me lembrado disso antes de escrever o que escrevi sobre si.
Vamos então ao que escreveu.
O texto principal vem acompanhado de duas pérolas: uma espécie de entrevista ao Secretário de Estado do Ambiente (que o jornal destaca positivamente na sua última página exactamente por querer mexer no pântano que se pretende descrever no texto principal) em que anuncia o fim da Reserva Ecológica Nacional e outras minudências que dão cabo da economia, e quatro bolinhas seguidas de texto sobre casos concretos que demonstram o que está escrito no texto principal.
Transcrevo a primeira dessas bolinhas: "Um projecto de 20 milhões esteve parado seis meses porque o ICNB garantia a existência de um aquífero. Afinal, o aquífero era, na fotocópia, a marca da dobra do mapa original". Posso fazer-lhe algumas perguntas de algibeira? Quem lhe disse isso? O que disse o ICNB sobre o assunto? Que projecto era esse? Que razões levam um promotor a aguardar pacientemente seis meses sem verificar a causa da paragem? Consultou o processo?
O resto das coisas andam pelo mesmo rigor jornalístico e as perguntas poderiam multiplicar-se.
No texto principal apenas três pessoas são citadas (diz-se que porque os outros têm medo). Quem são as pessoas? O mesmo Secretário de Estado, um dos maiores e mais eficazes lobistas nacionais, Ângelo Correia (um reconhecido especialista nestas matérias já que presidiu à Comissão Parlamentar do Ambiente. Já agora, em que anos?) e Margarida Cancela de Abreu, atacada de forma baixa, anónima e sem direito a defender-se.
De resto existe um promotor estrangeiro (quem?), um promotor nacional que diz que pagou 200 mil euros por um EIA e 100 mil de taxas à APA (verificou a informação? Quem é o promotor? Qual é o projecto? A que dizem respeito as taxas? E são desse montante?) e coisas assim.
Bocas, nada mais que bocas que atingem terceiros que a Senhora achou dispensável ouvir. O ICNB (e seus funcionários), a QUERCUS, a LPN, Margarida Cancela de Abreu e por aí fora.
O melhor a Senhora guardou-o para o fim "Para Ângelo Correia, parte da solução passaria por uma separação clara entre o que são entidades como a Quercus ou Liga para a Protecção da Natureza e o Estado. Por outro lado, seria fundamental criar padrões standard sobre o que se pode ou não tolerar e deixar isso escrito e objectivado para que todos possam conhecer as regras".
Como? Terei lido bem? O poderoso, o fantástico, o conhecedor Ângelo Correia não consegue distinguir o Estado da QUERCUS e da LPN? E a Senhora compra isto? Porquê? Porque foi verificar situações de promiscuidade? Porque viu decisões tomadas com base nas opiniões destas ONGs (ou outras)? Porque foi estudar como se tomam as decisões? Porque foi avaliar quer as regras, quer a prática de decisão nesta matéria? Comparou, por exemplo, a promiscuidade de interesses nos processos PIN com outros processos? Foi verificar se nas decisões é mais fácil os promotores se fazerem ouvir ou o movimento ambientalista?
Francamente, acha normal o que escreveu?
Que existe tráfico de influências não tenho a menor dúvida (e muito menos terá Ângelo Correia).
Mas jornalismo não é isto, não é passar bocas idiotas de lobistas.
O Governo quer continuar a magníficia obra dos Governos Sócrates no desmantelamento da regulamentação de protecção de bens difusos, quer acabar com a REN na sequência da morte da RAN decretada por Sócrates e Jaime Silva?
Nada contra, há dezenas de alterações que eu próprio tenho em carteira para propôr, mas isso fará parte do processo normal e transparente do debate político.
O que lhe pergunto é o que tem a Senhora com essa agenda? A sua opinião dê-a onde entender e quando entender, livremente, mas não tente passar agendas de terceiros como se fossem notícias de jornal.
É que quando os transitórios donos do poder já de lá tiverem saído, a Senhora ainda terá de escrever para jornais. Jornais esses que as pessoas compram à procura de notícias.
Para propaganda, mais a mais rasca, como esta, bastam, para as pessoas comuns, os tempos de antena e coisas que tal.
Já agora, se quiser passar por este blog verá dezenas de textos meus criticando o movimento ambientalista, o tráfico de influências em matéria ambiental e a confusão entre associações e empresas de serviços. Aproveite que tem muita matéria para escrever sobre o assunto, com dados concretos que lhe permitem verificar a informação e assim deixa de depender de lobistas como Ângelo Correia, cuja miopia na matéria (directamente relacionada com os seus conhecidos interesses próprios) a conduzem a parvoíces como as que escreveu que, infelizmente para si, só a prejudicam.
As pessoas comuns não são autómatos estúpidos que engolem qualquer coisa só porque está escrita num jornal.
E quem lhe paga o ordenado, espero eu, são os seus leitores, não são os lobistas.
henrique pereira dos santos"

sábado, 5 de novembro de 2011

As gorduras do Estado são afinal...os Transportes Públicos!?

FOTO AQUI

"Supressão das ligações marítimas de Lisboa à Trafaria/Porto Brandão e ao Seixal, redução do horário de funcionamento do Metropolitano de Lisboa, supressão de 22 carreiras de autocarros da Carris e de uma de eléctricos e redução do número de lugares nos comboios da CP nos períodos de menor procura. Estas são algumas das medidas previstas pelo grupo de trabalho nomeado pelo Governo para estudar a reformulação da rede de transportes da Área Metropolitana de Lisboa."

retirado do PUBLICO AQUI

Se me disserem o Transporte Público tem que ser melhor gerido, eu concordo.
Se me disserem que o Transporte Público tem que ser financeiramente auto-suficiente, e que ser auto-suficiente é que é ser bem gerido, eu discordo. Há actividades do Estado que não dão lucro, nem podem dar se pretenderem cumprir o seu papel, de serviço...público! A Saúde, a Educação, os Transportes Públicos são algumas delas.
A Defesa dá lucro? As Forças Policiais dão lucro? A Justiça dá lucro?
A Saúde serve para nos tratar para podermos trabalhar e ser activos. A Educação para nos dar a formação para podermos trabalhar eficientemente.
O Transporte Público serve para nos podermos deslocar de forma ambientalmente sustentável e financeiramente optimizável do ponto de vista da mobilidade colectiva. O Transporte Público cumpre um serviço à Sociedade como um todo, desanuvia o trânsito e permite que todas as pessoas se desloquem. Permite às empresas que os seus trabalhadores possam chegar a tempo e não fiquem horas no congestionamento. Permite ao Estado poupar muito dinheiro em novas vias de comunicação, na sua construção e futura manutenção.A ideia de que o Transporte Público tem que dar lucro, ou que não pode dar prejuízo é, por isso, uma falácia ideológica, de quem tem uma ideia destrocida do papel de uma Sociedade no seu conjunto.

Não querendo personalizar, mas há neste Governo uma ideia de que tudo o que o Estado gasta é desperdício, e andar de transportes públicos é uma delas. Para muitos destes governantes e decisores, a solução é o carro, e o transporte público (que nunca se utilizou ou se pensa vir a utilizar), é mais um gasto difícil de compreender...
Contra todos os documentos internacionais, vamos em Portugal destruir o sistema de transportes públicos, em vez que aproveitar a situação para os modernizar, valorizar e rentabilizar.
Não há lógica nisto e é um erro de uma gravidade incalculável, inadmissível e que não pode vir a ser implementado, custe o que custar!
 
PS1: se vier a ser inevitável reduzir algum serviço, cortar no metro, no comboio ou no barco, como transportes colectivos pesados é, à partida, um erro. É preciso captar mais pessoas para o transporte público e, descanse-se, haverá seguramente mais gente para o transporte público nesta altura de crise. Cortar por exemplo no Barco para o Seixal ou para a Trafaria, é o resultado de se ter continuamente diminuido a sua frequência ou, no caso da Trafaria, do cais da margem norte não estar articulado com a interface de Algés e estar, imagine-se, em Belém e ligado apenas ao comboio. Alguém que venha da Linha de Cascais para a Costa da Caparica passa a ir ao Cais do Sodré, apanhar um Barco para Cacilhas e depois um autocarro para a Trafaria ou para a Costa da Caparica. Um acréscimo de custos inadmissível e incomportável. O facto de haver barcos obsoletos na ligação da Trafaria ou dos horários terminarem às 23h explicará o resto. Há poucas pessoas nesta carreira e poderia haver muitas. A solução é acabar? 
 
PS2: Os autocarros da Carris, pela quantidade de carreiras em parte sobrepostas que existem, parece ser a única solução para uma optimização que não piore o serviço como um todo. Trata-se até de uma oportunidade de criar trajectos inteligíveis, simples, directos, reconhecíveis pelas pessoas, capazes de atrair os utilizadores, libertos de carros, em faixas BUS estanques e respeitadas.
Se calhar haverá lugar a mudar de carreira para fazer o percurso, mas faça-se em nome de um sistema de transportes público eficaz.


quarta-feira, 2 de novembro de 2011

"Trains are a rich man's toy"

Depois de tudo privatizado ou concessionado no Reino Unido, chegam afinal à conclusão de que:
 
"Trains are a rich man's toy, says transport secretary"

"People who use the railway on average have significantly higher incomes than the population as a whole - simple fact", Philip Hammond, UK´s Transport Secretary
 
Como resposta:
 
"Far from being simply 'a rich man's toy' trains are also vital for many of those on more moderate incomes who need to get to work"
End Quote Stephen Joseph Campaign for Better Transport
 
Vivemos tempos em que se perderam as referências do que é Serviço Público, quem ganha com a prestação de serviços públicos e quanto custam.
Tudo tem que dar lucro, mesmo aquilo que contribui para a riqueza geral.
O transporte público contribui para o funcionamento de uma sociedade, não tem que dar lucro. Tem que ser bem gerido e ser sustentável, mas não dará lucro enquanto estiver num modelo de cumprir o serviço público.
 



 

 
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